O Arrebatamento da Igreja –
Diversas Teses.
Jesus prometeu que voltaria para
arrebatar a sua igreja, como está escrito: “Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se
não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for,
e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que
onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.1-3). Paulo acrescenta: “Porque o
mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.16-17).
O ARREBATAMENTO
A presente era em relação à
verdadeira Igreja, termina com o arrebatamento dos salvos à presença do Senhor.
A doutrina do arrebatamento é uma das consideradas mais importantes da
escatologia do Novo Testamento (Jo 14.1-3; 1Ts 4.13-18; 1Co 1.8; 15.51,52; Fp
3.20,21;2C5.1-9). É também uma das questões em que os estudiosos da Bíblia mais
discordam. Todas as discordâncias giram em torno da relação que haverá entre o
arrebatamento e a Tribulação. Eles estão divididos nas seguintes teorias:
PARCIALISMO (Arrebatamento
Parcial da Igreja)
PÓS-TRIBLACIONISTA (Arrebatamento
após a Tribulação)
MESOTRIBULACIONISTA
(Arrebatamento no meio da Tribulação)
PRÉ-TRIBULACIONISTA
(Arrebatamento antes da Tribulação)
TEORIA DO ARREBATAMENTO PARCIAL
Esta teoria ensina que o
arrebatamento ocorre antes da Tribulação, mas apenas os que estiverem
totalmente preparados, vigiando e esperando a vinda do Senhor, e tiverem
alcançado um certo nível de espiritualidade que os torne dignos de ser
incluídos no arrebatamento. Os outros cristãos permanecerão na Terra durante a
Tribulação para serem provados e purificados mediante grandes sofrimentos,
sendo arrebatados posteriormente. Esta posição tem sido pouco adotada devido a
sua semelhança com a doutrina católica do purgatório, segundo a qual o
sofrimento pode purgar pecados.
As dificuldades doutrinárias da
teoria do arrebatamento parcial.
As seguintes considerações
argumentam contra a teoria do arrebatamento parcial.
1) 1 Tessalonicenses 4.16 diz: “Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”. Se todos que
morreram em Cristo vão ser ressuscitados, certamente todos os que estão vivos
“em Cristo” serão arrebatados.
2)
Além disso, em 1 Coríntios 15.51, Paulo diz: “Eis que vos digo um
mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos”. Todos os que
estão em Cristo serão transformados no arrebatamento. Isto não inclui
naturalmente os que são cristãos apenas de nome.
3) Se apenas os “dignos” serão arrebatados,
quem subirá? Quem pode afirmar que é digno por si mesmo? Nossa posição diante
de Deus baseia-se na justiça que há em Cristo, e não na nossa justiça, que não
passa de “trapo de imundícia” (Is 64.6).
4) Os proponentes da teoria do arrebatamento
parcial, assim como os que crêem que a Igreja deve atravessar parte da
Tribulação ou toda ela, sustentam que a Tribulação é necessária para purificar
a Igreja e prepará-la para o Noivo. Esse conceito defende uma espécie de
purgatório. Se os santos vivos no fim dos tempos tiverem necessidades de ser
purgados pela Tribulação, parece que o Senhor também teria de ressuscitar os
santos mortos anteriormente para um período de tribulação antes do seu arrebatamento,
já que para Deus não há acepção de pessoas. Um pensamento naturalmente absurdo.
O parcialista precisa colocar
parte da Igreja no período tribulacional. Isso é impossível, porque a Igreja
representa o corpo de Cristo. Então o corpo subiria incompleto?
Um dos propósitos da Tribulação é
julgar o mundo em preparação para o reino a seguir. A Igreja não precisa de tal
julgamento, a não ser que a morte de Cristo tenha sido ineficaz. A partir
dessas considerações, acredita-se então, que a teoria do arrebatamento parcial
não tem como se sustentar.
TEORIA DO ARREBATAMENTO
PÓS-TRIBULAÇÃO
Os que defendem essa teoria
acreditam que os cristãos passarão pela Tribulação e que o arrebatamento
ocorrerá simultaneamente ou imediatamente antes da vinda do Senhor Jesusem
juízo. Elesafirmam que o arrebatamento da Igreja e a volta de Cristo para reinar
são apenas aspectos diferentes de um único evento que acontecerá no final da
Grande Tribulação, justamente antes da derrota da besta e seus seguidores e
início do milênio.
Os principais argumentos
apresentados a favor dessa teoria são os seguintes:
1) A volta de Cristo é descrita de várias
maneiras, mas em ponto algum é citada como dois eventos separados por um
intervalo de sete anos (ou três e meio) de tribulação.
2) A resposta de Jesus aos seus discípulos
sobre os sinais dos fins dos tempos demonstrou que um período de tribulação
incomparável (Mt 24.3-22) precederá sua vinda. Outras passagens também predizem
tribulação para o povo de Deus (Jo 15.18,19; 16.33).
3) A ressurreição é identificada com o
arrebatamento, todavia Apocalipse 20.4-6 coloca a “primeira ressurreição” após
a volta de Cristo para reinar e justamente antes do milênio; portanto o
arrebatamento e a revelação de Cristo deverão acontecer ao mesmo tempo.
Os principais argumentos contra
essa teoria são:
1) O período de Tribulação não é um período da
Igreja, mas a última semana da visão de Daniel relativo ao trato de Deus com
Israel: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua
santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para
expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e
para ungir o Santíssimo” (Dn 9.24). Também em Daniel 9.25-27. É um período em
que Deus irá ocupar-se de Israel e da sua ira contra as nações ímpias (Ap
6.15-17). O período de Tribulação é chamado de “tempo de angústia para Jacó”
(Jr 30.4-7).
2) Paulo declara, em relação à Igreja: “Porque
Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso
Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.9). A Igreja tem sofrido e sofrerá muitas
dificuldades e tribulações, mas não o grande dia da ira do Senhor Deus.
3) O Senhor prometeu aos fiéis que eles serão
excluídos dessa hora de ira: “Como guardaste a palavra da minha paciência,
também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo,
para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). (Veja também 2Pe 2.9).
4) Se a Igreja estará na terra durante a
Tribulação, por que o testemunho de Deus é atribuído apenas às duas
testemunhas? (Ap 11.1-14).
5) Com respeito à ressurreição registrada em
Apocalipse 20.4,5 e referida como a “primeira ressurreição”, uma leitura
cuidadosa revelará que os ressurretos mencionados são aqueles que foram
decapitados durante a Tribulação, por não aceitarem servir ao Anticristo;
nenhuma menção é feita aos santos de toda a era da Igreja, que devem ter sido
ressuscitados por ocasião do arrebatamento, antes da Grande Tribulação.
TEORIA DO ARREBATAMENTOEM MEIO A
TRIBULAÇÃO
Visão menos comum que o
arrebatamento pós-tribulacionista, como explicação para o arrebatamento durante
a Tribulação é a teoria mesotribulacionista. De acordo com essa interpretação,
a Igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da
septuagésima semana de Daniel. A igreja suportará os acontecimentos da primeira
metade da Tribulação, que segundo os mesotribulacionistas, não são
manifestações da ira de Deus. Ela será arrebatada antes que comece a segunda
metade da semana, que segundo essa teoria, contém todo derramamento da ira de
Deus. Afirma-se que o arrebatamento ocorrerá junto com o soar da ultima
trombeta e a ascensão das duas testemunhas de Apocalipse 11.
A teoria do arrebatamento
mesotribulacionista é essencialmente uma via média entre as posições
pós-tribulacionista e pré-tribulacionista. Concorda com o pré-tribulacionismo
ao afirmar que o arrebatamento da igreja é um acontecimento distinto da segunda
vinda de Cristo. Tem em comum com o pós-tribulacionismo as crenças de que a
igreja tem promessas de tribulação aqui na terra e necessita de purificação.
Os pontos principais desta teoria
são:
A) A última trombeta, mencionada com relação
ao arrebatamento em 1 Coríntios 15.52, é identificada com a sétima trombeta
tocada em Apocalipse 11.15, que ocorre em meio à Tribulação (Ap 11.2-3). Se as
duas trombetas são a mesma coisa, o arrebatamento ocorre então em meio à
Tribulação.
B) Desde que a Igreja é arrebatada antes da
Grande Tribulação (os últimos três anos e meio), a Igreja escapa da “ira” de
Tessalonicenses 5.9 e da “hora da provação” de Apocalipse 3.10.
C) A ressurreição das duas testemunhas em
Apocalipse 11.11,12 é declarada como sendo uma referencia ao arrebatamento e à
ressurreição dos santos, ou como acontecendo simultaneamente com o
arrebatamento.
Argumentos apresentados contra a
teoria do arrebatamento em meio a tribulação:
A) As trombetas em 1 Coríntios 15.52 e
Apocalipse 11.15 não são as mesmas. A trombeta de Deus narrada por Paulo é um
toque de vitória sobre a morte (1Co 15.52-57). A sétima trombeta narrada por
João é uma série de anúncios de juízo sobre os perversos e de triunfo final
sobre o reino de Satanás.
B) As setenta semanas de Daniel tem caráter
judaico e, portanto a Igreja não está incluída em parte alguma delas. A ira de
Deus é também derramada na primeira metade do período de Tribulação (Ap
6.12-17). Também 1 Ts 5.9; Ap 3.10; 2 Pe 2.9.
C) As duas testemunhas parecem ser judias,
segundo os símbolos do Antigo Testamento – o templo, as oliveiras e os
castiçais (Zc 4.3,12), as chuvas deixam de cair e o povo atacado por pragas (Êx
7.20; 8.1-12, 29). Se a Igreja estivesse na terra, por que Deus designaria
profetas judeus para a missão de testemunhar às nações? Até o fim da era da
Igreja, é missão desta dar testemunho a todas as nações.
D) A mesma objeção pode ser feita à posição do
arrebatamento em meio a Tribulação, isto é, que essa posição remove a
expectativa da vinda de Cristo a qualquer instante. O período da Tribulação
começa com a aliança entre o Anticristo e os judeus, um evento que não será
oculto. Então seria fácil a partir dessa aliança do Anticristo com os judeus,
prever o momento da vinda de Cristo.
A TEORIA DO ARREBATAMENTO
PRÉ-TRIBULACIONISTA
Os que defendem o arrebatamento
pré-tribulacionista acreditam na interpretação dispensacionalista da Palavra de
Deus. A igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem um
plano divino.
Argumentos essências do
Arrebatamento Pré-tribulacionista.
Vários argumentos podem ser
apresentados em apoio à posição pré-tribulacionista do arrebatamento.
POR TIPOLOGIA BÍBLICA
Deus não igualou Noé e sua
família com os pecadores rebeldes e obstinados. Enquanto Noé e os seus não
entraram na Arca, Deus não derramou o terrível dilúvio. Enquanto Ló e sua
família não saíram de Sodoma, Deus não fez chover fogo do céu. Então porque Deus
não livraria também a Igreja da Tribulação? Então, enquanto Jesus não arrebatar
sua Igreja, não começará a Tribulação.
Em João 14.3 Jesus prometeu: “E
quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”. Aqui a vinda de Jesus é
com o propósito de receber a Igreja para si mesmo e levá-la para um lugar na
casa do Pai; essa não pode ser a mesma vinda com a Igreja para a terra, como
sustentam os adeptos da pós-tribulação.
No livro do Apocalipse do
capítulo 4 ao 19 nada fala sobre a Igreja, mas trata da Tribulação na terra.
Logo se deduz que a Igreja não estará na terra nesse período de Tribulação. Já
os capítulos de 1 ao 3 de Apocalipse menciona por 19 vezes a Igreja, e só volta
a mencioná-la no capítulo 21 chamando-a de Esposa do Cordeiro.
Os Pré-tribulacionistas crêem que
as profecias relativas a Tribulação devem ser interpretadas de forma literal e
que o período da Igreja é um tempo misterioso e está estritamente relacionado
com o fato de o povo de Isreal ter negado o seu Messias, e por eles o terem
rejeitado, os gentios foram enxertados (Rm 11.1-8), esse enxerto deve se
completar primeiramente, antes que Deus volte a tratar com o povo israelita.
Para que isso seja possível profeticamente é importante que:
1- A Bíblia seja interpretada literalmente.
2- A Igreja seja poupada da Grande Tribulação
(Ap 3.10).
3- O arrebatamento seja iminente, pode
acontecer a qualquer momento (1 Ts 5.6).
4- A Igreja esteja isenta da ira futura de
Deus (Ap 6.17; 1 Ts 1.10; 5.9)
5- Haja remoção dos salvos, na remoção do
Espírito Santo (2 Ts 2.7,13).
O método de interpretação literal
das Escrituras.
É franca e livremente reconhecido
pelos pós-tribulacionistas que a controvérsia entre eles e os
pré-tribulacionistas é a questão do método de interpretação empregado no
tratamento das profecias. Se o método de interpretação literal das profecias
for o certo, então a teoria pré-tribulacionista está correta. Dessa maneira
podemos ver que a doutrina da volta pré-tribulacionista de Cristo para
instituir um reino literal resulta de métodos de interpretação literal das
promessas e das profecias do Antigo Testamento. É natural, portanto que o mesmo
método de interpretação deva ser também empregado na interpretação do
arrebatamento. Seria ilógico construir um sistema pré-milenarista sobre um
método literal de interpretação e depois abandonar esse método no tratamento de
outras questões relacionadas com o mesmo tema. Podemos observar facilmente que
o método literal de interpretação exige um arrebatamento pré-tribulacionista da
Igreja.
Não pode haver um método
empregado para estabelecer o pré-milenarismo e outro para interpretar as
promessas de arrebatamento. O método literal de interpretação, aplicado de
maneira coerente, leva necessariamente a outra conclusão: a de que a Igreja
será arrebatada antes da septuagésima semana de Daniel.
A natureza da septuagésima
semana.
Existem várias palavras usadas no
Antigo e no Novo Testamento em referencia ao período da septuagésima semana, as
quais, quando examinadas em conjunto oferecem a natureza essencial ou o caráter
desse período:
1) Ira Divina (Ap 6.16,17; 11.18; 14.19;
15.1,7; 16.1,19; 1Ts 1.9,10;5.9; Sf 1.15,18);
2) Julgamento (Ap 14.7; 15.4; 16.5-7; 19.2);
3) Indignação (Is 26.20,21; 34.1-3);
4) Castigo (Is 24.20,21) ;
5) Hora do julgamento (Ap 3.10);
6) Hora de angústia (Jr 30.7);
7) Destruição (Joel 1.15);
8) Trevas (Joel 2.2; Sf 1.14-18; Am 5.18).
Devemos mencionar que essas
referências abrangem todo o período e não apenas parte dele, de modo que todo o
período é assim caracterizado.
Desde que a era da igreja termina
com o inicio da Tribulação, ela não tomará mais parte nos assuntos terrenos até
o milênio.
Não confundir Tribulação com ira
vindoura.
Dizem os pós-tribulacionistas que
Tribulação não deve ser confundida com ira vindoura, para tentarem fugir das
seguintes passagens:
“E esperar dos céus a seu Filho,
a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
futura” (1Ts 1.10).
“Porque Deus não nos destinou
para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”
(1Ts 5.9).
Mas observe que a ira do Cordeiro
é derramada no momentoem que Eleestá em seu trono e que esse período aqui é
descrito como tempo da Tribulação (Ap 6.16,17).
Não podemos confundir a Grande
Tribulação com a Tribulação que a antecede (Mt 24.6-12), a apostasia, que é
apenas o princípio das dores.
O arrebatamento se dará antes da Tribulação,
então evidentemente é necessário que o arrebatamento e vinda do Senhor Jesus
sejam dois eventos distintos. Pois no arrebatamento Ele virá apenas até as
nuvens, não porá os pés na terra, nós iremos ao encontro dele nas nuvens (1Ts
4.16-17). Será num instante, num piscar de olhos (Mt 24.27; 1Co 15.51), será
também em secreto.
Na segunda vinda Ele tocará à
terra e todo olho o verá (ZC 14.3,4; Ap 1.7). Jesus derrota plenamente o
Anticristo (Ap 19.15-21) e seus seguidores desde o menor até o maior (19.18). É
a justiça de Deus, Sua ira é vinda sobre os iníquos.
Jesus, depois de derrotar o
Anticristo, o Falso Profeta e o Dragão, mandará prender Satanás por mil anos
(Ap 20.1-4).
Distinção entre arrebatamento e
segunda vinda de Cristo
Devemos observar várias
contraposições entre o arrebatamento e a segunda vinda. Elas mostrarão que os
dois acontecimentos não são vistos como sinônimos nas Escrituras.
A) O arrebatamento compreende a retirada dos
salvos, enquanto o segundo advento requer o aparecimento e a manifestação de
Jesus.
B) No arrebatamento os santos são levados nos
ares, enquanto na segunda vinda Cristo volta à terra.
C) No arrebatamento Cristo vem buscar a sua
Igreja, enquanto na segunda vinda Ele virá com a Igreja.
D) O arrebatamento resulta na retirada dos
salvos e na instauração da Tribulação, enquanto na segunda vinda será
instaurado o reino milenar.
E) O arrebatamento pode acontecer a qualquer
momento, enquanto a segunda vinda será precedida por uma multidão de sinais.
F) O arrebatamento está relacionado ao plano
para a Igreja, enquanto a segunda vinda está relacionada ao plano para Israel e
para o mundo.
G) O arrebatamento deixa o mundo intacto,
enquanto a segunda vinda implica em mudança mundial.
Essas e outras contraposições que
poderiam ser apresentados apoiam a alegação de que o arrebatamento e a segunda
vinda de Cristo não podem ser confundidos como um mesmo acontecimento.
OS 144 MIL SELADOS
Enquanto a Igreja estiver na
terra não existirá um relacionamento exclusivamente judaico para com Deus.
Todos os salvos independentes de raça tem uma posição no Corpo de Cristo,
conforme indicado em Colossenses 1.26-29; 3.11; Efésios 2.14-22; 3.1-7. Durante
a septuagésima semana, a Igreja estará ausente, pois dos salvos restantesem
Israel Deussela 144 mil judeus, 12 mil de cada tribo de acordo com Apocalipse
7.14. O fato de Deus lidar novamente com Israel nesse relacionamento nacional,
separando-o por identidade nacional e mandando-o como representante às nações
no lugar das testemunhas da Igreja, indica que a Igreja não deve estar mais na
terra.
A CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS
DO LIVRO DE APOCALIPSE
Ao lidarmos com as posições
mesotribulacionista e pós-tribulacionista sobre o arrebatamento a cronologia de
Apocalipse foi examinada. É mencionada aqui apenas como uma evidência a mais
para a teoria pré-tribulacionista.
1) Os capítulos 1-3 apresentam o
desenvolvimento da Igreja na presente época.
2) Os capítulos 4-11 abrangem os
acontecimentos de toda a septuagésima semana de Daniel e concluem com o retorno
de Cristo para reinar na terra.
Desse modo os selos ocorrem nos
primeiros três anos e meio, e as trombetas se referem aos últimos três anos e
meio. De acordo com as instruções dadas a João em Apocalipse 10.11, os
capítulos 12-19 examinam a septuagésima semana novamente, dessa vez com o
objetivo de revelar os atores no palco dessa trama histórica. Essa cronologia
torna impossível a perspectiva mesotribulacionista, pois o suposto
arrebatamento mesotribulacionista de 11.15-18 é na verdade o retorno de Cristo
a terra e não o arrebatamento. Isso fornece mais evidências para a posição do
arrebatamento pré-tribulacionista.
CONCLUSÃO
Os pré-tribulacionistas
consideram a Igreja distinta de Israel, ou seja, fatos ocorrerão com Israel e
outros fatos distintos ocorrerão com a Igreja. Não podemos interpretar Igreja
como Israel, ou vice-versa, pois se for assim, (Igreja igual a Israel), então a
Igreja passa pela tribulação, pois é dito em Apocalipse 13.7 que foi permitido
ao Anticristo fazer guerra aos santos, logo os santos estão presentes durante a
Tribulação, e isto é um fato. A questão aqui é definir quem são esses “santos”.
Na visão pré-tribulacionista esses “santos” se refere a Israel e não a Igreja.
A Igreja é um só corpo com
Cristo, é o próprio Corpo de Cristo (Ef 4.12; 1Co 12.27) e isto significa que
Ele já pagou o alto preço por sua Igreja, sofrendo na cruz, e se a Igreja tiver
que passar pela Tribulação, então o Corpo de Cristo terá de sofrer novamente e
isto é no mínimo incoerente (Jo 5.24).